Assim como, por definição, em sinergia o todo supera a soma das partes, podemos dizer, com segurança, que existe uma personalidade nas organizações que transcendem as personalidades e valores de cada um dos indivíduos que as compõem.
Muitas vezes ouvimos, e confesso que eu mesmo já disse, que não existem as corporações, mas negócio são feitos com pessoas. Isto, em parte, é verdade. Mas se explorarmos a mesma tese da Sinergia, podemos concluir que podem existir valores e aspectos de personalidade novos e não presentes claramente nos seus indivíduos.
Isto é verdade quanto a vocação. As organizações podem demonstrar vocações relativamente próprias. E assim, como estas vocações são identificadas no inicio da vida dos indivíduos, podem igualmente serem identificadas nas organizações.
Sabemos, que todos temos dificuldades de conciliar nosso discurso com a nossa prática. Este fato, pode ser potencializado em âmbito organizacional. Quem já não ouviu um discurso de um dirigente, e não olhou para o lado pensando: “este cara vive em Marte”, por que o que se verifica na prática esta completamente incoerente com o discurso.
Verdade não é apenas dizer coisas irreais, mas é exatamente manter esta coerência em viver o discurso.
Assim, realmente existem personalidade e valores para as organizações. E a pior notícia é que eles não são definidos como sempre usamos fazer em nossas reuniões estratégicas. Eles existem em um grau bastante independente de nossas definições.
Assim, entender esta personalidade e valores é um exercício de diagnóstico e não de definição.
Auto-conhecimento é uma prática recomendável para todos os indivíduos, o mesmo deve ser aplicado as organizações. Assim como este processo é difícil e duro para os indivíduos, assim ele também é para as organizações. E o processo de negação é patente. Mas organizações sabias são as que duram.